Pintura como necessidade: o espelho da alma e a beleza do sentir em cada traço.

"A pintura entrou na minha vida quase por necessidade: um gesto espontâneo, descomprometido com o resultado final, um exercício contínuo em busca de equilíbrio interior. Centro-me sobretudo na representação de figuras femininas, que funcionam como um espelho das minhas próprias experiências e emoções. Para mim, 'os olhos são o espelho da alma' e é através desse espelho que a doçura e a beleza intrínsecas do ser humano se revelam sem filtros. A arte é uma jornada interminável: cada obra é apenas um estágio nessa busca incessante pela realização de algo verdadeiramente inatingível – e é justamente essa impossibilidade que me mantém a criar."

Carmen Faria nasceu em França em 1971, vivendo aí até aos doze anos, altura em que se mudou para Portugal. Nas suas telas, utiliza predominantemente tinta a óleo e acrílico. A incerteza em relação ao resultado final e a insatisfação quase permanente com o trabalho realizado são, paradoxalmente, motores do seu processo criativo, mantendo o seu estilo em constante mutação. Apresentou exposições individuais na Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva e no Teatro Sá de Miranda, e participou em diversas mostras coletivas.

Figuras femininas, pintura a óleo e acrílico, expressão de emoções, o olhar na pintura, busca interior, mistério.